segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Barcos abandonados
Sem um cais para ancorar
Numa praia deserta
Relaxa-me…
Mar sereno
Num mundo que parece pequeno
De azul vestido
Que parece perdido
Relaxa-me…
Nuvens que olham discretamente
A muralha que têm ciúme
Os peixes que andam em cardume
E um segredo que não mente
Relaxa-me…
Um momento…achado
Uma vida desembrulhada
Um espanto na encruzilhada
Uma praia… com um nome; Quebrado
Relaxa-me…
E a vida passa por mim
Num acordo fugaz
Ter um hino, uma bandeira e a paz
É tudo… o que me deixa assim.
E a vida sorri
Relaxa-me…
Deixa-me para ti!
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Relaxa ... O jovem.

Jovem, mesmo não aparentando, tinha muita simplicidade em seu rosto. Era severo consigo mesmo e feliz apesar dos problemas que o perseguia. "Nunca será a ultima chance" dizia ele, mas às vezes penava a acreditar. Sua auto-estima era considerada única, e sempre levava em sua carteira um papel rasgado com um poema que ele encontrou aos 15 anos numa estação de trem: "Filtro Solar" de Mary Schmich. Era do tipo que lia poesias, mas só admirava as que tinham rimas. Sempre foi critico, mas não cético; sempre foi instintivo, mas não irracional.
Não era o melhor da classe e nunca fez faculdade. Não trabalhou e nunca reclamou: Mas também não havia a quem reclamar. Se alguém o agredisse com palavras ele ignorava, pois sabia que se ele não perderia tempo escrevendo cartas para sua mãe, que lhe gerou e o criou desde a maturidade, não perderia com um crítico. Sabia que palavras belas muitas das vezes escondia falta de conteúdo.Era cristão.
Já suas prioridades era sempre evitar ser outra pessoa senão ele mesmo. Achava que era o mais longe possível do que se dizia "humano" já que nunca concordava com o óbvio. Adorava escrever e criticar escritos. Assim lhe parecia que poderia evitar ser criticado também. Estava escrevendo um livro fazia dois meses, mas nunca passara do titulo: O menino sem-dedo. Narrava a vida de um escritor progressista e ideológico que perdera seu dedo em uma explosão na guerra civil, assim cantava suas historias inventadas na hora, não como Mil e Uma noites, mas como Dom Casmurro. Tragédia? Não, só algo para passar o tempo. Nunca achou importante coisas que não agradassem a si mesmo. Não era egoísta. Talvez apagasse a idéia e fosse escrever contos infantis. Nunca entendera o porque desistia de seus livros sempre após escrever os primeiros capítulos. Sempre escrevia quando tinha fortes emoções, mas parece que elas o havia abandonado.
Amou poucas vezes. Não era de um coração frio, mas reflexivo. Conhecia suas limitações e sabia que era inferior demais aos seu sentimentos: Deveria aprender a doma-los antes de Amar. Ele era um artista, sensível e original. Só reproduzia o que ele achava que não havia ficado bom. Se inspirava em Dalí. Sua arte era um dos seus poucos amores.
Nunca deixou de ouvir Rock. Era uma paixão da adolescência e um sonho de infância. Ouvia tudo que seus amigos botavam em seus ouvidos. Tinha muitos amigos. Já quis ser astronauta, Piloto de F1 e até mesmo Presidente dos Estados Unidos. Mas sempre era frustrado por aqueles que "sempre tinham razão". Isso nunca o abateu.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Relaxa ...!


