sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Homenagem ao Pastor Ricardo Gondim




Amigos, segue um texto interessante de René Vasconcelos

Ontem estive na igreja Assembléia de Deus Betesta e pude presenciar uma das pregações de Gondim. Apesar de muito criticado por diversas lideranças religiosas, considero o pastor Ricardo Gondim um exemplo tanto de ministro da Palavra, quanto líder cristão. Ele não se vendeu aos movimentos modernos cristãos, não mudou seu discurso com medo de perder membros e não mudou para vender melhor seus discursos. Ele continua crítico, filósofo e firme.

Gondim é mais que um pregador; ele é um pensador. E a igreja não gosta de pessoas que pensam. A igreja prefere pessoas que sejam simplesmente manipuláveis, enganáveis. Quando surge um pensador, um “herege”, como o chamam, os líderes manipuladores buscam um meio de atacá-lo e depreciar sua imagem. E isso é acentuado com Gondim, que não tem medo de citar denominações evangélicas que buscam lucrar com a fé cristã.

Gondim prega - biblicamente baseado - que o cristão não será nem mais nem menos amaldiçoado se ele der o dízimo; que ser dizimista não influenciará sua vida com Deus. Imagina o quanto essa pregação não pertubou os líderes que visam lucrar com os dízimos dos evangélicos e pregadores que cobram para pregar?

Eu tenho sido atacado, tanto na internet como na igreja, por líderes que temem pensadores por causa do que prego. E quando falo “líderes”, não são de congregaçõezinhas de bairro. Tenho sido perseguido por apóstolos e certos pregadores dos Gideões. Homens que buscam religiosidade cega para doutrinar e “encabrestar” seus seguidores. Homens que pulam, gritam e sapateiam sobre púlpitos, a título de manifestação divina, simplesmente porque não sabem ensinar. Falam o que o povo quer ouvir e recebe o dinheiro deles em troca. São um câncer para a igreja e têm levado o cristianismo no Brasil a falência. Hora de darmos a volta por cima.
A Igreja precisa de homens como Ricardo Gondim, que não tem medo de dar a cara a tapa, que pregam uma verdade doída, mas real. Que ensina ao invés de gritar, que faz refletir ao invés de cegar, que abre horizontes ao invés de tirá-los de seus seguidores. Me lembra Lutero sendo chamado de herege pelo corrompida igreja católica. Hoje, a corrompida igreja evangélica o chama de herege e amanhã ele será lembrado como reformista do cristianismo no Brasil.
Fica aqui minha gratidão a Deus pela vida de Gondim. Como homem ele é corruptível, pecador. Mas tem dado o exemplo, com sua vida, de que você não precisa ser santarrão para ser um líder exemplo; basta ter um coração contrito a Deus e amor por ensinar a pensar. E como ele mesmo diz: “Viver não é para amadores“. Liderar igrejas também não.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Você já tentou?

Amigo,

Acho que essa é a segunda carta que lhe endereço. Como está? Espero que bem.
Sabe, mais do que a maioria, que minhas virtudes não conseguem brilhar á luz das palavras, mas da escrita: onde graciosamente tenho me empenhado para transmitir sentimentos.
Venho nesta, fugindo de meus princípios. Se já leu meu texto Simplesmente faço entende que não tenho hábito de escrever com a mente inundada de preocupações, mas não consigo achar outra maneira de recolher essa que me transborda. Já não vejo mais esperança em ações.
Dirão alguns que achei o momento de chorar minhas indignações graças à prolixidade do que ocorre aqui, pode até ser verdade, mas como dizem os mesmos: Na crise enxergamos o que realmente é.
Então vamos lá, sem tantos parágrafos assim:

Você já tentou ser alguém agradável, amável, afável ou qualquer outro “A”? Não precisa chegar ao “S” de simpático, mas algo mais além do que momentos de uma conversa gostosa. Já tentou agradar menos os que te manipulam para tentar agradar quem realmente precisa? Já tentou ser diferente dos que você critica. Parecem ser a mesma pessoa.
Você já tentou respeitar a opinião dos outros? Não digo no momento em que lhe é apresentada, mas no contexto de uma vida inteira. Respeitar não é aceitar, mas entender que é uma opinião, mesmo a mais louca que seja. Respeite. Isso apazigua imensas estações de conflitos preconceituosos da alma.
Já tentou pensar menos no que os outros fizeram ou vão fazer? Já teve alguma idéia que alguém, verdadeiramente interessante, olhasse e dissesse: “Nossa, vamos analisar isso” ou “È algo a se pensar”?
Já tentou fugir do padrão? Já tentou ser mais cético e mais crítico? Já tentou reconhecer quando é momento de falar sério... Não apenas reconhecer quando outros fazem isso. Olhe para seus erros e verá que são tão ruins quanto os outros, mas ao contrário de você eles ocultam sua fraqueza.

Mas por ser meu amigo, animo-me em mandar-lhe esta; apesar de imaginar que seu jeito “claro” não entenderá uma palavra aqui escrita.

Lucas Mesquita

Vi Aguro Pace

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Resposta à carta.

Tristeza me tomou. Tanto tempo ao seu lado e você não me conhece. Apenas lamentações.

Aprendi que a graça é você escutar os outros e seus desafios e não jogar neles os seus. Tento todo dia fazer isto, por isso naquele dia, que nós conversamos, não consegui falar todo meu sofrer.

Se tratando dos conselhos, já falei isso pra você. Eu escuto as outras pessoas, mas guardo pra mim e penso sozinho, mas o que você falou mostra bem como você não me conhece, francamente. Afinal Provérbio diz que a multidão de conselhos salva uma nação.

Sinceramente, penso muitas coisas sobre você, mas apesar delas me estressarem, aprendi a conviver com você assim do jeito que você é. Por que maturidade é saber conviver com pessoas que tem idéias diferentes das nossas.

Respeitar opinião contraria não quer dizer que eu não vou expressar a minha, muito menos que não vou defender ela.

Não espere de eu escutar e ficar calado, mas espere sempre eu questionar e, se isso em mim tem lhe incomodado tanto, não poderei fazer muito. Por que eu respeito elas, mas vou expressar a minha.

Apesar de tudo, conheço meus defeitos, e agradeço por ser sincero em suas palavras, aliás, não procuro agradar os que me “manipulam”, mas jogo todo tempo com eles.

Procuro agradar os que realmente precisam escutando seus problemas, orando por eles e aconselhando o tempo todo. Creio que sua memória testifica isso.

Cético e critico, eu sou o tempo todo, mas não preciso expressar eles a todo tempo.

Você sabe como tento fugir do padrão, mas você mostra mais uma vez que não me conhece.

Tem tantas coisas que machucam minha alma, e uma delas são as pessoas, que me cercam julgar mal minhas motivações.

Deus te abençoe.

Paz.



terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Equilíbrio: vivendo por ele

O que é Graça; o que é Conhecimento? O que é Amigo; o que é Rei? O que é Legalismo; o que é Liberalismo? O que mata na letra? Pensar além do padrão é a letra que Paulo fala para os crentes de Corinto? Não quero pensar nessas coisas se de nada adiantar fazê-lo.
Conseguir passar sentimentos em um texto é uma dádiva. Desde minha infância eu já devia ter um “quê” de leitor, mas de escritor, acho que nunca terei. Pelo menos não devo conseguir me comparar aos grandes escritores de gerações passadas, como Fernando Pessoa (meu favorito) ou mesmo Drummond. Na verdade se eu escrevesse metade do que Drummond escrevia, eu haveria de ter que pensar em algo para não parecer idiota demais.
O que odeio? Quando me dizem para ouvir mais e não me expressar “ainda” por ser novo. Calma gente, “ainda” não apresento nenhuma regra. Doutrinas? Longe de mim. Só quero aprender agindo, mas poucos entendem o significado dessa frase.
Só uma coisa me incomoda: há um equívoco em meus instintos quando se trata de mim mesmo em certas argumentações. O que é valido e o que não é? A que ponto podemos ouvir calados por não ser tempo de mexermos nossas línguas “coçativas”?
Adoro ouvir pessoas e ler o que outras mentes, mais empenhadas, pensam. Grupos sociais definem gostos, e particularmente adoro os discursistas. Hoje vejo o perigo em pensar além do padrão. Não que seja errado, mas lidar com seus pensamentos pode tornar-se algo extremamente sensível e acaba englobando 2Coríntios 3.6. Talvez essa censura não agrade muitos bons escritores e pensantes, afinal sou jovem para definir o que e bom ou não. Mas isso é Bíblia.
Afinal o Equilíbrio que tratamos conglomera perguntas cada vez mais polêmicas, mesmo que fiquemos de saco cheio de ouvi-las. Uns vivem pela graça sem conhecimento e outros pelo conhecimento sem graça. Aí entra o que busca resposta mais não deseja ouvir as mesmas. Haja Equilíbrio! Aja com Equilíbrio!
Uns alimentam uma indignação pelo legalismo e usam a desculpa da graça para viverem a libertinagem que confundem com liberdade. Outros ignoram a graça nos imposta para ficarem abaixo de um jugo de responsabilidades nulas. Haja Equilíbrio! Aja com Equilíbrio!
Uns vivem um relacionamento de amigo com Deus a ponto de ignorar sua majestade. Favores e mais favores, pois tudo já foi pago na cruz. Outros entronizam a Deus a ponto de esquecerem quem ele realmente é. Graças e mais graças, pois de graça ele vive e reina para sempre. Haja Equilíbrio! Aja com Equilíbrio!

Vi auguro Pace.